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7 startups brasileiras que estão de olho no futuro da educação

Especialista em inovação indica empresas que estão se destacando no cenário de transformação digital do setor

Em 2018, um mapeamento da Associação Brasileira de Startups identificou no país 364 edtechs, empresas especializadas no desenvolvimento de soluções inovadoras para educação. Essas startups, cujas receitas crescem em média 20% ao ano, vêm buscando responder a demandas de um setor que passa por aceleradas transformações, provocadas por fatores como o avanço tecnológico e as mudanças no mercado de trabalho.

Uma pesquisa publicada pela Pearson no ano passado mostrou que o YouTube está entre as formas favoritas de aprendizagem de jovens com idades entre 14 e 23 anos, uma geração cujas preferências de aprendizagem estão intimamente ligadas à tecnologia. Outro estudo da Pearson, em parceria com a Universidade de Oxford e a Nesta, concluiu que apenas 10% das pessoas estão em ocupações com alta probabilidade de aumentarem sua demanda por profissionais até 2030, e que as chances de empregabilidade dependerão da capacidade dos sistemas educacionais de ajudarem os futuros trabalhadores a desenvolverem habilidades como criação de estratégias de aprendizagem e resolução de problemas complexos.

“Nós não estamos mais aprendendo e ensinando como antes”, avalia Vincent Bonnet, gerente de Inovação da Pearson no Brasil. “Como muitas outras áreas, a educação está passando por uma transformação digital que afeta não somente as ferramentas e os processos, mas também os comportamentos dos educadores e dos alunos. As startups prosperam nesse cenário porque são empresas flexíveis, com facilidade para inovar e se adaptar a novos desafios, respondendo rapidamente às novas demandas que surgem no setor”.

Abaixo, Vincent Bonnet indica sete startups brasileiras que estão acompanhando essa transformação e olhando para o futuro da educação. “É uma tarefa desafiadora selecionar apenas algumas em um universo que, felizmente, está cada vez mais vasto, com empresas novas surgindo a todo instante”, ressalta o especialista. “No entanto, acredito que esta lista traga alguns bons exemplos de startups, em diferentes níveis de maturidade, que vêm se destacando pela originalidade e inovação”.

Geekie

Fundada em 2011, a Geekie parte do princípio de que cada pessoa aprende de um jeito diferente para desenvolver ferramentas digitais de ensino personalizado. Os aplicativos e plataformas criados pela startup ajudam escolas a adaptarem seus conteúdos às necessidades de cada aluno, por meio de tecnologias que realizam diagnósticos individualizados, elaboram planos de estudo e ajudam professores a acompanharem a evolução do estudante. A Geekie é uma das duas edtechs brasileiras listadas no Global EdTech Landscape 3.0, mapeamento realizado pela Navitas que mapeou e classificou mais de 2000 startups em todo o mundo.

Descomplica

Assim como a Geekie, também foi fundada em 2011 e está listada no Global EdTech Landscape 3.0. Nasceu e cresceu como uma plataforma online de preparação para o Enem e os principais vestibulares do país. Passou a diversificar sua atuação a partir de 2016, desenvolvendo cursos a distância também para áreas de concursos, apoio escolar e para estudantes universitários, além de uma variada gama de pós-graduações. Em março do ano passado, anunciou o recebimento de um impressionante aporte de 54 milhões de reais em uma rodada de investimentos.

Me Salva!

Também oferece aulas online para vestibular e Enem, além de reforço para Ensino Médio, preparação para concursos e conteúdos para Ensino Superior nas áreas de Engenharia, Ciências da Saúde e Negócios. A Me Salva! aposta em um modelo de videoaula em que o aluno só vê as mãos do professor escrevendo e desenhando, para ajudá-lo a se concentrar melhor nos estudos. Em 2014, foi selecionada para participar do programa de aceleração da Fundação Lemann.

Veduca

Muito se fala sobre as habilidades do século XXI, mas ainda são poucas as iniciativas educacionais focadas em ajudar a pessoas a desenvolverem as competências consideradas essenciais para a vida em sociedade e o mercado de trabalho do mundo contemporâneo. A Veduca faz exatamente isso. Com cursos baseados em videoaulas e materiais complementares, a plataforma busca contribuir para o desenvolvimento humano, ajudando seus usuários a trabalharem habilidades como liderança, comunicação, diversidade e produtividade. Com preços acessíveis, a Veduca se define como um negócio social, ou seja, uma empresa que, ao mesmo tempo em que visa o lucro, busca contribuir para solucionar um problema social.

Tamboro

Mirando no Ensino Superior e no mercado corporativo, a Tamboro também aposta no desenvolvimento de habilidades do século XXI para ajudar profissionais a melhorarem seu desempenho e se destacarem em um mercado de trabalho cada vez mais competitivo. Seus cursos online utilizam ferramentas de gamificação e oferecem atividades colaborativas para que o usuário trabalhe competências como trabalho em equipe, liderança e resolução de conflitos internos. Este ano, a Tamboro foi uma das 79 startups selecionadas para o BNDES Garagem, programa de aceleração e criação do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social.

Eduk

Nasceu em 2013 com o propósito de ajudar pessoas a empreenderem e viverem do que amam fazer. A startup, que tem o técnico de vôlei Bernardinho entre seus fundadores, mantém uma plataforma com mais de 1700 cursos online em oito áreas: Gastronomia, Beleza, Moda, Fotografia, Artesanato, Negócios e Odontologia. Há três opções de assinatura anual com mensalidades de baixo custo, mas também é possível assistir gratuitamente a reprises de cursos que tenham sido lançados há mais de três meses.

Kanttum

Diferente das outras startups desta lista, que têm foco em quem aprende, a Kanttum cria ferramentas tecnológicas para desenvolver quem ensina. Surgiu em 2014, inicialmente com a proposta de oferecer uma solução fácil para gravação e uploads de aulas, de forma que alunos pudessem vê-las posteriormente. No entanto, logo a empresa enxergou oportunidade de suprir uma outra demanda: a de formação continuada de professores. Foi assim que a startup criou o TeachGrowth, plataforma por meio da qual o profissional pode gravar e armazenar suas aulas, assisti-las em exercícios de autorreflexão, receber orientação de mentores, líderes e outros professores e ter acesso a uma trilha de formação personalizada, desenvolvida em conjunto com a instituição onde trabalha.

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