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8 dicas para um pitch de sucesso

Imagine que você precisa explicar para uma pessoa que acabou de encontrar no elevador o que faz a sua empresa e por que ela tem potencial de crescer no mercado. Parece estranho, mas a ideia do “elevator pitch”, apresentação curta para potenciais investidores, é uma prática bastante corriqueira no mundo dos empreendedores e das startups, e tem justamente essa pretensão: ser uma conversa breve e objetiva que desperte o interesse dos interlocutores.

Não importa onde você esteja, quando a oportunidade surge, há pouco tempo para chamar a atenção. Um pitch pode durar cinco, dois e às vezes até um minuto. Saber extrair o melhor desse tempo, portanto, pode ser a diferença entre o sucesso e o fracasso de uma jovem empresa em busca de capital.

“A construção do discurso é fundamental neste processo. O empreendedor precisa ser capaz de descrever os elementos-chaves do negócio com clareza, demonstrando domínio do mercado no qual ele está inserido e o potencial do negócio; tudo é avaliado de maneira holística pelos investidores”, destaca André Arcas, coach de palco e fundador da Arcas Treinamentos. Para ajudar o empreendedor nesse desafio, o especialista aponta algumas dicas importantes para o desenvolvimento de um roteiro conciso e eficaz. Confira:

1)      Faça uma introdução breve:

Um dos maiores erros do empreendedor logo no começo da apresentação, na visão do especialista, é dar atenção demais para a história pessoal e para o nascimento da empresa. “Não importa como o seu negócio começou. O que importa é como a sua empresa é capaz de solucionar, como ninguém, a dor do seu público-alvo”, pondera Arcas. Neste caso, faça uma introdução rápida, entrando logo no assunto principal.

2)      Explique o problema e apresente a solução:

O objetivo de toda empresa deve ser o de solucionar um problema. Explique qual a dor do seu cliente e como você a resolve – de preferência destacando o porquê da sua ideia ser a mais eficiente entre as demais disponíveis.

3)      Demonstre conhecimento no mercado de atuação:

Apresente números. Quanto esse mercado fatura por ano? Quantos são os clientes potenciais? Você tem clareza do mercado total, endereçável e obtível?  “Uma boa análise mostra para o investidor que você tem domínio do mercado e, portanto, potencial de desenvolvê-lo”, diz Arcas.

4)      Não menospreze a concorrência:

Fuja do chavão “não tenho concorrentes”. De acordo com Arcas, ignorar a existência de outras empresas que atuam na área não demonstra que o seu negócio é inovador, apenas reflete despreparo. “Todos os problemas são resolvidos de alguma forma, ainda que não seja da mesma maneira que a sua”, explica. Sempre haverá alguma empresa absorvendo alguma demanda. Explique o que a concorrência faz de bom e ruim e como o mercado poderia ficar melhor caso o seu projeto seja implementado.

5)      Domine o espaço:

O discurso não-verbal, a forma geral como você se comporta no palco, pode contar muito mais histórias do que o discurso que você passou horas ensaiando. Mantenha uma postura ereta e evite movimentar-se demais: isso passa ansiedade.

6)      Responda com clareza e objetividade:

Quando chegar a hora de responder perguntas dos investidores, não seja prolixo, para não parecer que você está “enrolando”, ou que não sabe a resposta. Foque no que foi perguntado, só contextualize se for estritamente necessário.

7)      Seja você mesmo:

É sempre possível perceber, seja no discurso oral ou no não-verbal, quando uma pessoa não está confortável nem se sente segura no que afirma. O investidor busca autenticidade. “Um erro fatal para qualquer negócio que está começado é querer investidores apenas pelo dinheiro. O investidor é na verdade, um parceiro e ele precisa agregar valor ao seu negócio. Se ele não tem aderência com o projeto ou o modelo de negócios, você provavelmente vai se arrepender dessa decisão no futuro”, alerta Arcas.

8)      Treine, treine e treine:

Uma pessoa preparada transmite segurança e consegue driblar melhor o nervosismo. Grave a sua apresentação, assista. Desta forma, você pode perceber pontos que precisam de mais atenção, tanto do ponto de vista de roteiro quanto de expressão não-verbal.

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