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Empresas precisam colocar em prática o conceito de sustentabilidade

As questões passaram a ser um grande desafio no âmbito da política e da economia mundial

Com as consequências do aquecimento global cada vez mais presentes em nosso dia a dia, as questões climáticas deixaram de estar relacionadas apenas ao meio ambiente e passaram a ser um grande desafio no âmbito da política e da economia mundial – além, é claro, de envolver toda a sociedade. Atentos a isso e em busca de manter o aumento da temperatura média mundial abaixo de 2°C, quase 200 países assinaram, em dezembro de 2015, o Acordo de Paris.

Entre os signatários, está o Brasil, sétimo maior emissor de gases de efeito estufa (GEEs) do planeta, que tem a meta de reduzir em 37% as suas emissões até 2025. De acordo com o levantamento “Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa (SEEG)”, realizado pelo Observatório do Clima (OC), o setor de Uso da Terra e da Floresta – representado, sobretudo, pelas queimadas e pelo desmatamento de biomas como a Amazônia e o Cerrado –  emite 51% dos GEEs em nosso país.

Agora, fica o questionamento:

como as empresas podem contribuir para reverter esse cenário? A resposta é uma só: é fundamental que coloquem em prática o conceito de sustentabilidade. Ou seja, de forma transversal, elas precisam tornar essa questão uma rotina nos negócios; engajar os colaboradores, clientes e fornecedores; alinhar todos os processos internos, desde a matéria-prima, passando pela produção e o transporte, até o descarte – para que o impacto seja  o menor  possível; investir em tecnologia e capacitação; e, por fim, incluir no planejamento a mensuração de resultados sociais e ambientais.

Além dessas atitudes internas, é importante também que a iniciativa privada estabeleça parcerias com ONGs e institutos, que possam agregar diferentes expertises. Outra medida interessante é buscar certificações de entidades competentes, capazes de atestar de forma confiável os impactos das políticas e ações ligadas à sustentabilidade e muito úteis como ferramentas de gestão, já que podem sistematizar os processos organizacionais.

Todos esses aspectos podem ser aplicados em empresas de qualquer área de atuação. Agora, vou entrar no mérito da indústria alimentícia, uma vez que o atual modelo de produção de alimentos usualmente praticado no Brasil também traz consequências negativas à biodiversidade e ao clima. Além do desmatamento, dito como necessário para o crescimento do setor, os insumos agrícolas aplicados de maneira inadequada prejudicam os ecossistemas,  a saúde humana e comprometem o recurso hídrico muitas vezes já escasso.

Para combater essa realidade, as companhias da indústria de alimentos precisam incentivar os sistemas produtivos mais eficientes e orgânicos, utilizar integralmente determinados frutos, desde a polpa até as sementes (as quais geram ingredientes riquíssimos em sabor e nutrientes), incentivar o empreendedorismo de comunidades que produzem no campo e fomentar os sistemas que utilizem os produtos da floresta em pé ou até promovam o reflorestamento. Dessa maneira, é possível gerar riqueza em vários sentidos e conectar as necessidades globais à demanda dos consumidores.

 

* Thaís Hiramoto é especialista em sustentabilidade da Concepta Ingredients, Unidade de Negócio do Grupo Sabará que se dedica ao desenvolvimento de soluções naturais e tecnológicas, com foco nas indústrias de alimentos, bebidas, nutrição animal e farmacêutica veterinária.

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Um comentário

  1. I’m sorry. O planeta não está em perigo. Todos os que pensam e agem a partir dessa premissa, de duas, uma: ou são conscientes de que o propósito de fundo é controlar o fluxo global de recursos e riqueza, o que literalmente requer uma compulsória transformação da civilização humana a assumir comportamentos ditados por uma minoria; ou são apenas a imensa massa de manobra facilmente manipulada por estes, ou o que Lênin chamava “carinhosamente” de “idiotas úteis”.

    Já está mais que comprovado que a chamada “sustentabilidade” nada mais é do que a reorganização forçada de toda a infraestrutura de uma nação baseada na premissa de planejamento mais centralizado, maior interferência governamental na vida do cidadão comum e maior manipulação e controle sobre a propriedade e produção privadas. Simples assim. Como a Popy nos contou, é a tal da “Agenda Social obrigatória”… Em termos mais filosóficos, puro “marxismo ambiental”.

    Os fieis – e, em alguns casos, violentos! – seguidores da nova religião global creem que as sociedades atuais devem ser remetidas outras vez ao tempo dos governos feudais, tendo a “mãe natureza” como o princípio organizador central da economia e da sociedade, não mais dos desejos e necessidades humanas, revertendo a proposta de Protágoras e elevando a natureza acima do homem nas políticas públicas, porém fundamentado em mentiras, distorções e manipulações pseudo-científicas.

    Em suma, a velha proposta, re-embalada em um bonito papel de presente, do estado coletivista de Rousseau reinando sobre as liberdades e decisões individuais, rumo a um governo único sobre o planeta. Ou, em termos mais hollywoodianos, é, a “avatarização” do mundo em curso. O Brasil precisa seguir o exemplo de Trump e pará-la imediatamente!

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