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MERCOSUL E A AMPLIAÇÃO DE ACORDOS EXTERNOS

Em junho passado, ao analisarmos o cenário das relações econômicas internacionais e os novos passos brasileiros, avaliamos a adesão do Brasil à OCDE e refletimos sobre as vantagens e possíveis desvantagens que seriam decorrentes desse importante passo da diplomacia brasileira.

Simultaneamente observamos que o acordo Mercosul – União Europeia, embora já assinado, ainda dependeria de algumas providências burocráticas para permitir uma análise mais aprofundada sobre os seus efeitos.

Embora esse panorama de indefinição ainda permaneça, na recente reunião de cúpula do Mercosul – na qual o Brasil assumiu a presidência pro tempore, até o final deste ano – evidenciou-se a necessidade de transformar o bloco em um agente indutivo da competitividade para maior inserção das respectivas economias nos mercados global e regional. Para tanto, foram fortalecidas as linhas de ação que já tinham sido iniciadas na gestão anterior: intensificação de acordos regionais externos; redução da Tarifa Externa Comum – TEC; racionalização do funcionamento do bloco, com redução de custos e da burocracia.

Neste momento, o panorama comentado no mês anterior permanece inalterado como já observado, mas, com o direcionamento para novos acordos, é possível visualizar-se uma boa perspectiva para integração do Mercosul com blocos e países de significativa representatividade no cenário econômico internacional:

Dessa forma, fica evidenciado que há boas perspectivas para o Mercosul ampliar a  integração com importantes mercados e a realização de negócios em patamares mais elevados. Em decorrência dessa elevação do volume de negócios o Mercosul poderá  ampliar a atividade econômica de seus integrantes, resultando em novas perspectivas para a economia brasileira.


Francisco Américo Cassano é doutor em Ciências Sociais e Relações Internacionais, professor pesquisador de Relações e Negócios Internacionais na Universidade Presbiteriana Mackenzie.