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Inteligência emocional requer práticas, assim como os conhecimentos técnicos

É preciso utilizar ferramentas para desenvolver habilidades psicoemocionais

Definida, em linhas gerais, pela capacidade de compreender e lidar com as próprias emoções e com as dos outros, a inteligência emocional já era considerada altamente necessária na vida profissional. Com as pressões trazidas pela pandemia de Covid-19, tornou-se uma habilidade “divisora de águas” para o sucesso, em especial em profissões como a de médico-veterinário.

Isso porque, enquanto profissional da Saúde, ele enfrenta dificuldades como: lida com o luto; plantões exaustivos; excesso de responsabilidades e o contato com a carga emocional de todos os envolvidos nas equipes e de clientes. Em muitos casos tais fatores se somam, ainda, à necessidade de gerir um negócio.

Em meio a esse emaranhado de questões, a médica-veterinária Sílvia Corrêa, com atuação em neurociência e comportamento humano, comenta que é comum identificar colegas da classe com extrema dificuldade em gerenciar suas próprias emoções.

“Mas existem ferramentas a serem utilizadas, em situações de conforto ou de conflitos, que podem contribuir para com a mudança desse cenário na vida emocional dos profissionais”, afirma Sílvia.

Caminhos a percorrer

Há uma série de atitudes que podem ajudar, sendo que o primeiro passo é identificar e aceitar que se faz necessária maior atenção ao emocional. “Investir neste sentido é tão fundamental quanto é para a área técnica”, afirma a consultora empresarial com atuação em Comunicação e Empreendedorismo, Ana Julião.

A dica da consultora é buscar autoconhecimento, o que pode ser feito a partir de diferentes tipos de atividades, como leituras, práticas de auto-observação e sessões de psicoterapia. “Quando a pessoa se conhece, pode balizar melhor a forma como responde aos estímulos externos, exercendo o controle de acordo com suas características individuais.”

Comunicação assertiva é chave

As relações sociais também são fatores de influência nos espaços de trabalho e, com o uso obrigatório das máscaras, a comunicação foi muito afetada. “É preciso falar com o olhar e com o gestual, de forma a gerar um ambiente de acolhimento mútuo, diz a psicóloga com atuação em terapia do luto para médicos-veterinários, Joelma Ruiz.

Joelma e Ana enfatizam que a comunicação é uma ferramenta que, se utilizada com estratégia – pensando em tipo de abordagem, tom de voz e escolha das palavras –, pode ajudar o profissional a expressar questões necessárias e não conviver com inquietações internas que podem tomar grandes proporções e impactar no trabalho e na saúde física e emocional.

Empatia e autocuidado

Para a comunicação, a empatia – a capacidade de percepção sob a visão do outro – é essencial. Mas, para exercê-la, antes é preciso um olhar amoroso para si mesmo. “Se o profissional se vê incapaz de lidar com suas emoções, não terá condições de ser empático. É como se ele fosse uma folha de papel encharcada, que não pode absorver mais nada”, diz Sílvia.

Como fica este aspecto, se o médico-veterinário é treinado para cuidar do outro? A resposta está no autocuidado, com foco no equilíbrio, apesar das interferências do meio, das pessoas, das situações delicadas e pressões. Já se cuidou hoje?

Quer saber mais?

Sílvia Correa, Joelma Ruiz e Ana Maria Paes Julião falarão sobre o assunto e trarão dicas aos médicos-veterinários durante o painel “Inteligência emocional e comunicação: as novas habilidades essenciais”, no dia 11/09, que fechará a 4ª Semana do Médico-veterinário do CRMV-SP. Participe!

Inscreva-se em https://www.sympla.com.br/inteligencia-emocional-e-comunicacao-as-novas-habilidades-essenciais__955349

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