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6 passos para o desorganizado financeiramente mudar de vida!

Organização financeira é, sem dúvidas, um temas mais importantes na área de finanças pessoais. Quando não se sabe quanto ganha, quanto gasta e muito menos, para onde vai dinheiro, não só as conquistas financeiras ficam cada vez mais distantes como a rotina financeira diária é resultado do acaso.

 

Não só o desorganizado apenas reage aos acontecimentos que envolvem suas finanças, como também sofre de uma doença chamada “achismo”. Eu acho que gasto tanto, eu acho que o dinheiro vai dar, eu acho que consigo comprar. 

 

Primeiro de tudo, preciso contar que o desorganizado financeiro não está sozinho nesse desafio: 25% da população, ou seja, um em cada quatro brasileiros sofre de desorganização financeira crônica, liderada principalmente por dois grandes conhecidos da vida de qualquer um de nós: o cartão de crédito e o cheque especial. Quem tem dificuldade para administrar as contas do dia-a-dia, tem mais dificuldade ainda para administrar limites e vencimentos dessas formas de crédito, sendo que os atrasos no pagamento são os maiores responsáveis pelo endividamento e inadimplência do brasileiro. Uma vez iniciada a bola de neve, é difícil pará-la. Mas e aí, como sair dessa?

A resposta não é segredo para ninguém e tenho certeza de que você já a ouviu por aí… É preciso conhecer seus números. O desorganizado precisa saber quanto efetivamente entra no seu bolso após todos os descontos no contracheque e para onde vai seu dinheiro. Nada de achismos. O negócio aqui é ter certeza. Quanto da receita vai para as despesas fixas, quanto vai para as despesas variáveis e quanto deveria ser destinado para projetos de longo prazo e investimentos.

Ao longo dos meus 15 anos de educadora financeira, já vi muita gente com medo de colocar os números no papel, com receio de registrar para si mesmo as escolhas financeiras erradas que já fez. Um fluxo de caixa (que é como chamamos o registro de receitas e despesas) é uma foto da vida financeira atual. É preciso enxergá-la. Fugir não vai resolver.

 

Se o problema são as planilhas, mais difíceis e trabalhosas de mexer, um caderno ou um aplicativo podem funcionar muito bem. Veja como o processo pode ser simples quando o quebramos em pequenas partes:

Passo 1: anote quanto você ganha. Lembre-se de todas as fontes de renda: comissão, bico, salário, bônus, férias.

Passo 2:  anote suas despesas fixas, que são aquelas que não mudam, mesmo que você não use. Por exemplo, prestação da casa, condomínio, escola das crianças.

Passo 3: tome consciência das suas despesas variáveis (aqui é quando, normalmente, levamos um susto): lazer, roupas, passeios. Mesmo que os valores sejam baixinhos, é preciso anotá-los. É o único modo de saber se o dinheiro está sendo gasto em demasia com coisas sem importância, por impulso, ou ainda, sendo gasto de forma despercebida.

Passo 4: conheça as despesas futuras, como prestações de compras já feitas e eventuais dívidas. Com quanto você “já entra devendo” no mês?

Passo 5: agora que você já sabe para onde vai o seu dinheiro e quanto sobra / quanto falta no seu orçamento mensal, é hora de ficar livre das dívidas. Peça negociação diretamente na instituição financeira para a qual você deve e, se não obtiver sucesso, os feirões Limpa Nome do Serasa ou o Procon da sua cidade são sempre ótimas pedidas. Essa dica vale para dívidas com o pagamento em dia, ou não.

Passo 6: defina metas para gastos futuros, como passeios ou presentes que acabam sendo comprados sempre nos mesmos meses do ano, como Dia das Mães ou aniversário de alguma pessoa querida. IPTU, IPVA, material escolar e presentes, por exemplo, não são imprevistos.

O desorganizado precisa ter coragem. Só enfrentando os números, cortando gastos desnecessários e negociando eventuais dívidas e despesas exageradamente altas é que é possível traçar caminhos para a realização de sonhos e a viabilização da tal liberdade financeira. A organização é a porta de entrada para uma vida financeira tranquila e sob controle. Viver pagando jurinhos por aí ou poupando muito menos do que poderíamos é um desperdício, e todos nós merecemos muito mais do que simplesmente sobreviver financeiramente.

Um beijo e vejo você no próximo conteúdo sobre finanças pessoais! Até mais!


CAROL STANGE

Carol Stange é Educadora Financeira, especializada em Finanças Pessoais e Desenvolvimento de Pequenos Negócios. Acompanhe mais em https://carolstange.com.br/

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