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Coronavírus: os riscos para o seu bolso e, quem sabe, o momento de encarar o sonho!

Entendo que estejamos todos preocupados em não ficarmos doentes ou sermos transmissores do vírus para os nossos queridos mas eu não sei se você parou para pensar, há vários possíveis impactos financeiros que a pandemia pode gerar na nossa vida nos próximos meses.

Abordando exclusivamente a área de finanças pessoais, quero mostrar a você como as decisões tomadas pelos governantes do mundo todo podem afetar o seu e o meu bolso, e deixar algumas sugestões de como passar por essa crise da melhor forma possível.

O mercado financeiro é “ansioso”; as decisões tomadas sempre são baseadas em expectativas antecipadas sobre o futuro. Se as expectativas mudam, independentemente dos motivos, há alterações na demanda e oferta de ativos na bolsa, no faturamento e lucro das empresas do ramo da indústria, no faturamento e lucro das empresas de varejo e serviços. E no final de toda a cadeia, estamos nós, consumidores finais que sentimos nossos investimentos oscilando, os produtos encarecendo e nossa renda, perdendo a força.

Pois bem, o Coronavírus interfere justamente no ir e vir das pessoas, o que impacta direta e indiretamente diversos setores da economia, e os compromissos financeiros das empresas e pessoas físicas continuarão no seu ritmo natural. As empresas continuarão tendo que pagar salários e encargos mesmo que não produzam ou vendam. Os seus e os meus boletos continuarão chegando no final do mês.

É preciso refletir sobre como as próximas semanas ou meses impactarão nas suas finanças, mesmo que você seja um funcionário contratado no regime CLT. Algumas perguntas precisam ser respondidas, como:

– Minha renda mensal será impactada? Em quanto?
– Corro o risco de perder meu emprego ou renda?
– Posso fazer algo para manter o meu volume de negócios ou aumentar minha receita?
– Há possiblidade de negociar algumas despesas fixas para os próximos meses?
– Há Reserva de Emergência? Por quanto tempo ela suporta meu estilo de vida sem que haja mudanças no consumo?
– Caso negativo, precisarei resgatar algum investimento de longo prazo?

Respondidas essas questões, o que acha de darmos um passo à frente? Eu acredito na história de fazer do limão uma limonada; talvez as limitações que estamos sofrendo na nossa rotina diária possam ser encaradas como um grande incentivo ao empreendedorismo. Grandes ideias e oportunidades surgem quando somos retirados da nossa zona de conforto – e sem dúvida, estamos passando por um desses momentos.

Aquela ideia de negócio que você sempre teve pode ter agora, a atenção devida e ser colocada no papel. Algumas perguntas devem ser consideradas ao elaborar o seu projeto:

– O que quero fazer?
– Como vou fazer?
– Preciso de capital inicial? Quanto?
– Para quem quero vender?
– Por quanto quero vender?
– Como vou receber?
– Com quem quero empreender?
– Estou disposto a estudar e abdicar do meu tempo livre para esse projeto? Quanto tempo por semana?
– Qual meu objetivo tangível?
– Qual meu objetivo intangível?

Não são perguntas fáceis e respondê-las por escrito pode ser muito mais desafiador do que se imagina – o papel vira uma “prova viva” do seu projeto – isso, por si só, já é o suficiente para gerar um certo frio na barriga.

Nosso momento na história do mercado financeiro é único. É agora que entendemos na prática a importância de uma boa reserva de emergência e temos os nossos brios colocados à prova: podemos ser apenas mais um expectador refém das circunstâncias ou podemos aproveitar o cenário, dentro do possível, para criar novos rumos para nossa vida financeira.

Somos seres em constante evolução – sairemos dessa.

Um beijo e vejo você no próximo conteúdo sobre finanças pessoais e investimentos. Até mais!


CAROL STANGE

Carol Stange é Educadora Financeira, especializada em Finanças Pessoais e Desenvolvimento de Pequenos Negócios. Acompanhe mais em https://carolstange.com.br/

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