Tanto se fala de inovação no mundo dos negócios e tão pouco entendemos ainda o que é o
ato de inovar. Proporcionar mais qualidade de vida ao consumidor, oferecer soluções mais
sustentáveis e otimizar os processos das empresas são todos resultados de uma cultura
inovadora. Mas temos a tendência de mistificar as coisas e atribuir uma distância e uma
dificuldade e por isso muitos pensam que esse movimento depende de alta tecnologia e
muito dinheiro.
No evento do Web Summit em Portugal no ano passado, o tema central de discussão foi
pautado na credibilidade das empresas mediante o mercado consumidor e na reconstrução
dessa confiança tão abalada, fruto de tantos abusos e excessos provindos de algumas
corporações que se perderam nos seus propósitos, nas suas promessas e nas suas
entregas em prol de lucros astronômicos, em detrimento do cliente.
Com o advento do “betterness”, os modelos de negócio terão que ser centrados no bem
comum e as ofertas criadas de forma autêntica, com um “storytelling” verdadeiro e empático
e com a valorização do trabalho humano embutido na marca. Isso aliás é ótimo para
comunicar ao mercado que as máquinas e as inteligências artificiais não vão simplesmente
tomar o nosso lugar: irão ter o seu próprio lugar como agente catalisador de oportunidades,
tornando nossos processos mais ágeis e eficientes.
E de acordo com grandes pensadores de Marketing com literatura na categoria “best seller”,
como o célebre Philip Kotler em seu livro “Marketing 4.0”, o conceito da “cauda longa” vai
mudar a forma como o mercado se comporta, onde marcas menores e locais irão muitas
vezes substituir as maiores, prezando pelos pequenos produtores, dando uma grande
oportunidade para economias locais.
Ou seja, o conceito do “betterness” engloba todas as relações: pessoas e empresas;
pessoas, empresas e tecnologia; pessoas, empresas, tecnologia e planeta. Se tudo der
certo, teremos um mercado, uma sociedade e um planeta, muito mais em harmonia.
Adriana Vale, mentora de negócios – mestre em Gestão de Negócios, profissional com 21 anos de mercado, empresária, professora de pós graduação, mentora e avaliadora de várias bancas consagradas no mercado; trabalha com projetos de viabilidade e posicionamento de negócios e criou um programa de gestão de negócios eficiente.
