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Quase 97% dos profissionais de São Paulo consideram que existe uma lacuna de habilidades no país

Porcentagem no estado é maior que a nacional, de acordo com pesquisa da Udemy

Os profissionais do estado de São Paulo são quase unânimes quando o assunto é se há ou não uma lacuna de habilidades e conhecimentos no Brasil – quase 97% deles acreditam que sim. O dado é do Relatório Lacuna de Habilidades Brasil, realizado anualmente pela plataforma de cursos online Udemy. Já no Brasil como um todo, a porcentagem é menor – 95,4% dos profissionais concordam que existe uma lacuna.

Os paulistas, no entanto, são um pouco mais otimistas do que os outros brasileiros quando perguntados se se sentem diretamente afetados por essa lacuna – 71,9% deles acreditam que sim. Quando o país inteiro é levado em consideração, a porcentagem sobe para 72%. Além disso, 92,4% dos paulistas dizem já ter precisado adquirir habilidades e conhecimentos adicionais para fazer os seus trabalhos de forma eficaz. O número entre os brasileiros em geral é de 92,7%, 0,3% a mais.

Mas, afinal, que conhecimentos seriam esses? De acordo com os profissionais de São Paulo, as principais habilidades que eles mesmos precisam aprender ou desenvolver para ter mais sucesso nas suas carreiras são as técnicas e digitais, como desenvolvimento em código, análise de dados, web design e marketing/SEO. 37,3% dos paulistas acreditam que esse tipo de habilidades é o que mais precisam aprender ou desenvolver.

Em segundo lugar, com 23,3% dos votos, estão as habilidades de liderança e gestão, como consolidação de equipes, resolução de conflitos e gestão de equipes. E em terceiro, com 17,6%, estão as habilidades de se relacionar com as pessoas certas no trabalho. Em seguida, vêm habilidades de produtividade (11,2%), em quarto lugar, e soft skills (10,6%), em quinto.

A ordem das prioridades dos paulistas se diferencia um pouco da nacional. No país como um todo, os profissionais acreditam precisar aprender ou desenvolver mais as soft skills (como pensamento crítico, resolução de problemas e comunicação interpessoal) do que as habilidades de produtividade (como gestão de tempo e priorização). As porcentagens nacionais ficaram assim: habilidades técnicas e digitais (36,6%), habilidades de liderança e gestão (25,5%), habilidades de se relacionar com as pessoas certas no trabalho (15,2%), soft skills (12,1%) e habilidades de produtividade (10,6%).

Os profissionais de São Paulo também têm uma opinião diferente da do país como um todo quando o assunto são as soft skills que mais fazem falta aos seus colegas de trabalho. Em São Paulo, a lista de prioridades, da mais votada para a menos votada, fica assim: pensamento crítico/resolução de problemas (30,9%), comunicação (22,4%), habilidades interpessoais (17%), adaptabilidade e flexibilidade (11,5%), gestão de tempo (10,9%) e determinação e persistência (7,3%).

Já no Brasil como um todo fica assim: pensamento crítico/resolução de problemas (27%), comunicação (21,5%), habilidades interpessoais (21,3%), determinação e persistência (10,8%), adaptabilidade e flexibilidade (9,9%), gestão de tempo (9,5%). Ou seja, em São Paulo, os profissionais acreditam que os colegas precisam aprender ou desenvolver mais as habilidades de adaptabilidade e flexibilidade e gestão de tempo que as de determinação e persistência, diferentemente do país como um todo.

Por fim, outro dado do relatório que chama a atenção por ser maior em São Paulo que no país como um todo tem a ver com o futuro do trabalho. Quando perguntados se as habilidades necessárias para os seus trabalhos mudarão nos próximos cinco anos, 94,8% dos paulistas disseram que sim. No país como um todo, 92,7% dos profissionais concordam com a informação.

 

Outros dados interessantes do estudo com profissionais de São Paulo:

Fonte: Udemy