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O grupo de risco do coronavírus no mundo dos negócios: quem são, desafios e soluções.

Já sabemos que o grupo de risco do coronavírus é formado por pessoas idosas, portadores de doenças autoimunes, respiratórias ou cardíacas, diabéticos, quem tem insuficiência renal, entre outros. Esse grupo de pessoas corre o risco de complicações mais sérias, que podem levar à morte. São muitas pessoas, muitas vidas em risco, muitas famílias afetadas!

E no mundo dos negócios? Qual é o grupo de risco? Como ajudá-los?

Na crise econômica decorrente da pandemia, os grupos minoritários são os mais vulneráveis a falências e desempregos. Estamos falando dos milhares de empreendedores, microempresários e trabalhadores: mulheres, pessoas negras, pessoas com deficiências, pessoas que vivem nas periferias. Por isso, devemos unir esforços para ajudar esse grupo de pessoas.

Algumas ações, pontuais e de curto prazo, para a conscientização já iniciaram nas redes sociais com alguns posts, criados pelo SEBRAE, conscientizando a população para comprar nos pequenos negócios em suas comunidades locais, mas não são totalmente suficientes.

Precisamos ir além e não existe outro caminho, senão por meio das redes de articulação entre empresas, associações, entidades civis, sociedade civil, poder público, universidades e centos de pesquisa – também conhecidas como governanças territoriais – que juntas podem criar um plano de ações, de médio e longo prazo, para resolução dos problemas sociais e econômicos gerados pela crise, nos territórios produtivos ou setores econômicos, em que esses grupos estão inseridos.

No Brasil, já existem várias modalidades de governança territorial que envolvem micro e pequenas, que se manifestam em diferentes formatos, como aglomerações produtivas, arranjos produtivos locais, circuitos turísticos, entre outros. É nesses espaços e em outros, que podem ser criados nesse momento que se deve pensar as soluções para o enfrentamento da crise.

No entanto, é imperativo que as governanças ou comitês de crise sejam paritários e inclusivos para que os vários indivíduos e grupos que os compõem sintam-se representados naqueles que proferem as decisões. Por isso, representantes dos considerados grupos de risco do coronavírus no mundo dos negócios devem participar.

Para que isso aconteça, é preciso que todos, principalmente as lideranças, renunciem aos seus preconceitos, pensem coletivamente e percebam o valor do outro como ser humano. Só assim, resolveremos essa situação, promovendo o bem-estar de todos e reconstruindo a sociedade de forma justa e solidária.

Para finalizar, se você pertence ao grupo de risco do coronavírus no mundo dos negócios, lembre-se: é fundamental a sua participação nesses espaços, pois, se você não usar a sua voz, alguém vai falar e decidir por você.


Rodrigo Mancini
Rodrigo Mancini é economista, Mestre e Doutor em geografia econômica, empreendedor e empresário.

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