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Agora é a hora de vender minha empresa?

Em meio a crise e atual situação financeira do país, empresários se questionam se já passou o prazo de vender a firma

Muitos proprietários se examinam se perderam a oportunidade de vender suas empresas quando foram acessados no passado por fundos de investimentos e empresas estrangeiras, momento esse, quando o Brasil ainda possuía um rating de investimento confiável e quando ainda era considerado um dos BRICS mais expoentes para investidores.

Embora os valuations das empresas Brasileiras estivessem muito favoráveis, devido ao grau de confiança e otimismo do empresariado brasileiro, naquele momento muitos acreditavam não ser o ideal, pois apostavam em um crescimento da economia ainda maior e consequentemente em um valuation que pudesse ter múltiplos de EBITDA ainda maiores.

Infelizmente, não foi o que ocorreu e a economia do Brasil atingiu níveis dramáticos de recessão em todos os setores da economia, culminando em um dos maiores níveis de desemprego dos últimos tempos.


Assista: Elas se uniram para criar o negócio dos sonhos.


Na contramão do que todos esperavam, o país continuou recebendo investidores estrangeiros querendo investir no país, e muitas negociações que estavam sendo realizadas no passado tiveram seus patamares diminuídos. Empresários que antes achavam pouco o dinheiro oferecido, face a recessão e ao desconcertante episódio de corrupção e de incredibilidade do cenário nacional, passaram a aceitar menos dinheiro do que lhes fora oferecido antes, ou seja, a espera fez com que os investidores internacionais comprassem ativos antes procurados por preços mais atraentes do ponto de vista do comprador.

Muitas vezes sou questionado se o momento é propicio para a realização de ativos empresariais, porém, essa é uma resposta que não existe fórmula e sim muita reflexão, pois muitas vezes envolvem ativos e patrimônio construídos por décadas de trabalho familiar, ou seja, além de capital existe o sentimental.

O empresário necessita avaliar o que fará após a venda e se mesmo vendendo manterá o nível de vida que leva hoje, porém outro fator que deve ser considerado é o quanto livre estará de risco em caso de repasse por venda e o quanto isso lhe fará bem. Além disso, existem ativos em estado bastante deteriorados e judiados por conta da crise, que a vertente do ‘mais vale um pássaro na mão do que dois voando’ torna-se uma variável importante.

Desta forma, de acordo com a pesquisa realizada no banco de dados da RSM Brasil, a maioria dos empresários está desiludido e propenso a realizar seus ativos, mesmo que a preços menores do que imaginavam e até mesmo do proposto pelo mercado.


Laercio Soto

Contador formado pela Puc-SP, Laercio possui mais de 18 anos de experiência (local e internacional), incluindo treinamentos realizados em Miami e no México e trabalhos em Nova York, Chicago, Porto Rico, Argentina e Colômbia. Atualmente é sócio da RSM Brasil e nos últimos três anos lidera a prática de TAS, atendendo clientes internacionais (principalmente EUA e Alemanha).

Como parceiro de auditoria, ele atende clientes em uma ampla variedade de setores, incluindo manufatura, construção e desenvolvimento imobiliário, energia, telecomunicações, saúde e internet/propaganda.

Saiba mais sobre a RSM Brasil clicando aqui.

 

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