Mais recursos levam à melhores resultados?
HSM Leadership Summit 2018 - Parte 2
[Luís Porto] Mais recursos levam à melhores resultados?
Quero compartilhar nesse novo texto outro tema fantástico abordado no HSM Leadership Summit 2018: Stretch.
Nessa direção, a palestra ministrada por Scott Sonenshein, Autor do best-seller Stretch – O poder do menos, o segredo da alta produtividade, começou questionando:
“O que você precisa para que seu projeto seja bem sucedido?”
“Mais recursos levam à melhores resultados?”
Há uma distancia gigantesca entre o sonho e a realidade. Todo empresário ou empreendedor sonha em ter muitos recursos para trabalhar. Assim, há uma crença que as respostas serão mais rápidas e haverá a certeza de êxito.
Scott, na direção contrária, contou que não é a quantidade de recursos que gera o êxito, e sim, como os utilizamos. No início de sua carreira, no Vale do Silício, ele teve a oportunidade de trabalhar com muitos recursos, porém sem o sucesso esperado.
Afinal, por que tantas empresas falham apesar de possuírem tantos recursos? E outras, com poucos recursos, fazem tanto? Existe algo que precisamos entender que é fundamental para a nossa empreitada: a otimização. Quando estamos encurralados, descobrimos o que realmente podemos fazer, nosso verdadeiro potencial.
Qual empreendedor não usou de criatividade para resolver uma situação onde não havia subsídios financeiros, pessoal, estrutural para tal. E o melhor, o resultado foi excelente!
Muitas vezes estamos tão focados e preocupados buscando o recurso propriamente dito, que não percebemos nossa capacidade de otimizar o que já temos. Limitamos nossa capacidade criativa. Nesse contexto, ele desenvolveu o “Stretch”, onde a ideia principal é “esticar” seus recursos criativamente, lançando mão do que você tem naquele momento, substituindo o espaço dos recursos, por ideias. Que tal se arriscar?
Precisamos ser mais adaptáveis, ágeis e “improvisáveis”, com o perdão da palavra que acabei de “criar”. Nosso negócio precisa ser mais resistente e resiliente para aguentar os tempos difíceis que virão. O desafio é transcender a forma como sempre fizemos, e arriscar novas estratégias, com o auxílio de uma equipe coesa e confiante, não composta apenas por especialistas. Uma equipe de líderes e liderados que toleram os erros (pois fazem parte de todo processo e são importantes para trazer aprendizado e experiência), celebram aqueles que se arriscam, minimizam as diferenças do staff e tornam as pessoas partes do projeto, pois aqueles que não se sentem parte, não se empenham.
Um exemplo interessante que Scott deu, foi: quão bem um biólogo resolve um problema de biologia? Segundo estudos, quanto mais especialização em uma área específica, menos provável você resolverá o problema, pois há um “engessamento”. Os especialistas tendem a usar seus recursos de forma fixa. Você já pensou em olhar a situação de uma forma diferente?
O que se pretende com o improviso é maior aprendizado e elasticidade. Ao invés de planejar o implanejável, viva o momento, o atual. Ao invés de planejar o futuro, pergunte-se como está o hoje. Experimentos no presente sem medo de arriscar. Não devemos atrasar as ações e, sim, começar a experimentar agora.
Leia ainda: HSM Leadership – Parte 1 – “Do analógico ao digital” – Jake Knapp
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Luís Porto – publicitário, advogado, empreendedor e Co Fundador da Cobizz, atuando há mais de 20 anos no mercado. Formado em Publicidade e Criação e em Direito, tem em sua multidisciplinaridade o objetivo de fomentar a conexão entre empreendedores a fim de gerar relações produtivas e relevantes. Atua como mentor na área jurídica empresarial e na gestão responsável e criativa das empresas. |