Saúde

Fique atento, tristeza não é depressão!

“A maioria dos usuários de antidepressivos, hoje em dia, fazem uso desses medicamentos sem necessidade..."

Provavelmente você conhece pelo menos uma pessoa que declara ter depressão, até mesmo quando não houve um parecer clínico de um profissional. A palavra “depressão” já é bem popularizada, mas a falta de informação acaba banalizando o real significado da doença.

Aline Carvalho Monteiro, psicóloga da Doctoralia, alerta para o problema da alta quantidade de diagnósticos errados. “A maioria dos usuários de antidepressivos, hoje em dia, fazem uso desses medicamentos sem necessidade. A tolerância ao sentimento de tristeza e frustração está cada vez mais baixa, na sociedade contemporânea, que passou a buscar por um diagnóstico do sentimento e, consequentemente, de uma medicação que amorteça o sofrimento”.

A psicóloga destaca algumas das principais características da patologia e do sentimento, o primeiro passo para a pessoa identificar em qual condição ela pode se encaixar.

Tristeza

  • Sentimento comum vivido por qualquer ser humano em diversos momentos da vida;
  • Normalmente provém de um evento externo real, como a perda de algo ou alguém significativo na vida da pessoa;
  • Uma pessoa que sofre de uma tristeza intensa e não dispõe de recursos internos para dar significado a esse sentimento pode desenvolver um quadro depressivo;
  • Por não se tratar de uma doença e sim um sentimento, não tem cura.

Depressão

  • Doença caracterizada pela mudança de humor e perda de vontade em atividades do cotidiano que em períodos anteriores eram fontes de prazer e dotadas de motivação;
  • Fortemente relacionada à predisposições genéticas e disfunções neurológicas;
  • Existe a depressão leve, moderada e profunda. Esta irá variar de acordo com a gravidade dos sintomas, período de permanência da doença e capacidade de resposta do paciente.
  • A melancolia, para a psicanálise, é o estágio mais extremo da depressão, caracterizado por uma forte apatia e ausência de resposta à estímulos que antes mobilizavam o indivíduo.

Para identificar os primeiros sinais da depressão, é importante que a pessoa seja honesta consigo e aceite a possibilidade de contar com ajuda profissional. “Quanto mais cedo o paciente perceber que pode estar sofrendo de depressão e procurar ajuda, mais facilmente irá reagir positivamente ao tratamento”, ressalta Aline.

“O que acontece, é que muitas pessoas resistem em aceitar que podem estar doentes e relutam em procurar um psicoterapeuta, acreditando que resolverão seus conflitos sozinhos, e nem sempre isso é possível”, complementa.

De acordo com a especialista, a avaliação leva em consideração os fatores genéticos que podem predispor a pessoa à depressão, bem como aspectos neurológicos. “É fundamental a investigação da presença da doença em familiares, sendo que também está relacionada à disfunção de algumas substâncias químicas do cérebro, como o neurotransmissor chamado serotonina”.

Tratando a depressão

Após a avaliação do psicólogo, o tratamento varia conforme o nível da doença, que pode ser leve, moderada ou profunda. Aline esclarece que “dependendo da gravidade, o tratamento deverá ser multidisciplinar, ou seja, medicamentoso, realizado por um psiquiatra, e psicodinâmico/comportamental através da psicoterapia, que deverá ser realizada por um psicólogo”.

“Em um processo de psicoterapia faz-se necessário identificar a qualidade do diálogo interno do paciente, que muitas vezes, é  improdutivo , cíclico  e disfuncional”, explica a psicóloga. “A atividade física também é fortemente recomendada como um dos tratamentos para a depressão”.

A Doctoralia conta com diversos especialistas no Brasil, como psicólogos (mais de 26 mil profissionais) e psiquiatras (mais de 6 mil profissionais), que podem ser consultados no www.doctoralia.com.br.

 

 

Sobre Doctoralia

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